terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Crônica do Amor!

Crônica do Amor!

Na verdade o que é o amor?
Desde os mais remotos tempos poetas, profetas, Deuses e semideuses, psicólogos, psiquiatras, escritores, jornalistas, etc. todos já escreveram e falaram sobre maior dos sentimentos o amor!

Mas o que é de fato o amor? Quem pode dar sua definitiva definição?
Alguns dizem que existem vários tipos de amor: amor de mãe, amor de amigo, amor de filho, amor divino e assim segue uma lista enorme, teve até o maravilhoso Arnaldo Jabor que disse: “Amor é prosa, Sexo é Poesia!”.

Posto tudo isto este “humilde” escritor sem história ou pedigree vai tentar dar não a definição do que é amor, mas a sua definição do que ele é.
Quem nunca amou na vida me desculpe, mas ainda não experimentou a melhor das sensações, ousaria dizer que ainda não viveu, está na vida a passeio, amar é um estado de espírito máximo, as coisas mais simples se tornam belas, o choro da amada um dilúvio, o sorriso o banquete dos Deuses, um passeio nas curvas de seu corpo um ida as Ilhas Gregas em pleno verão, uma tarde jogado nos braços de sua eleita o deleite da melhor sensação vivida por um ser humano.

Amar é acordar um preguiçoso às cinco da manhã e vê-lo assobiar, cantar no chuveiro, dar bom dia até ao poste da esquina, é pegar o Penha – Lapa (tradicional linha de ônibus em São Paulo) mesmo apertado e estrangulado na catraca sorrir, é contar os minutos para ouvir a voz de sua amada, quando a amada ou amado então trabalha junto é odiar o domingo, e esconjurar o maldito feriado prolongado, é pagar para fazer hora extra só para permanecer ao lado da amada (o).
Amar é sentir uma ausência de horas como se fossem séculos enclausurados na masmorra de um Castelo medieval, é sentir e identificar o cheiro de seu amor mesmo à milhas de distância, é de fato achar que sem ela ou ele não sobreviverá, que sem seus beijos o sol não nascerá, é ter certeza que aquela pessoa que você conhece há tão pouco tempo já estava destinada a você desde os primórdios.

Amar é a essência da vida, amar é mesmo depois de se desiludir com a pessoa amada, ainda lá no cantinho do coração guardá-la como uma jóia rara, e esperar até seu último suspiro de vida a sua volta, para que possa mesmo no derradeiro momento ter certeza que tudo valeu à pena!


By Wladimir Stern 25/01/2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Usos e costumes dos usos...

Usos e costumes dos usos...

Estava a pouco revendo uma minissérie da Rede Globo de muito sucesso nos anos 80, “Anos Dourados”, a trama acontece nos anos 50 e refletem “os usos, costumes e preconceitos da época”.
A minissérie retrata os anos 50, e nesta crônica brincando com a metalinguagem farei o retrato que faço dos anos 50, 60, 80 e 2000. Dando-me a licença de pular a década de 90.
Podemos dizer que muita coisa mudou no comportamento dos jovens e das famílias de forma geral, porém algumas marcas ainda são evidentes e passam de geração em geração.
Começamos pelo comportamento dos filhos, em 1950 a juventude descobre o Rock and Roll, e com a rebeldia deste ritmo e sua contestação faz com que os jovens cheguem a momentos de liberdade e luta jamais vistos. Embaladas por uma época rica musicalmente, o Rock vindo de fora com: Elvis, Little Richard e outros grandes nomes, e no Brasil a inesquecível Bossa Nova com: Tom Jobim, Vinicius,Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Dick Farney , Lúcio Alves, Billy Blanco, Carlos Lyra,Nara Leão, João Gilberto,etc.
Entramos na década de 60 sobre a efervescência destes movimentos, The Beatles estourando nas paradas de sucesso, contestações por causa da Guerra do Vietnã que começou em 1959, no Brasil Ditadura,contra ditadura, músicas de contestações, Festivais de Música e Jovem Guarda. Ou seja, uma juventude com seus problemas e suas virtudes, com o aumento do uso de drogas, a mais usada o LSD, cocaína e heroína, e já tínhamos a presença do ecstasy.
Porém estes jovens lutavam por seus ideais, era a Movimento de Contracultura, que contestava os valores da época: Liberdade Sexual, Liberdade de Expressão, Luta pela Paz, etc.
Muitas conquistas hoje são tão normais, que não se dá mais o devido valor.
Pulamos a década de 90, desculpem aqueles que discordam, mas foi o começo do fim, por isso vou pular essa época, só fazendo uma ressalva que em termos de Música Nacional foi uma época maravilhosa com: Legião Urbana, Capital Inicial, Ira, Titãs, Biquini Cavadão, Plebe Rude, RPM, e tantas outras bandas de Rock Nacional, que ainda tentaram levar alguma coisa aos jovens, mas já começava uma certa alienação, pelo menos a maioria deles (jovens).
Chegamos aos anos 2000 liberdade total e irrestrita, proliferação de porcarias como: Funk carioca, alguns grupos de axé “bunda lelê”, Restart, Cine, e tantas outras tranqueiras, é claro que ainda se faz música de primeira a MPB com nova safra de Belas vozes como Ana Carolina, Maria Gadú,Vanessa da Mata, Céu, Ceumar e tantas outras, mas a juventude não generalizando, mas uma grande parcela dela, prefere MC Sapão, “Mc isso”, “Mc aquilo”.
As drogas deixam de ser um meio de contestação, e viram uma grande indústria do crime gerando violência e mortes, deixando claro que não aprovo, ou digo que era certo usar no passado, mas a conotação era outra, o individualismo passa por cima do coletivo, saímos do erro do “pode nada” para o erro do “ pode tudo” , pais perdidos sem autoridade nenhuma, mal conhecem seus filhos e colocam a responsabilidade de educar para a Escola, que mal faz sua parte que deveria ser ensinar.
Não se apontam mais nas ruas mulheres separadas como acontecia na época, mas a hipocrisia permanece inalterada, uma sociedade preconceituosa em relação a homossexuais, negros, mulheres, ateus, etc.
Um país que comemora não por ter elegido uma Presidente que deveria ser competente, mas pelo fato de ser mulher, uma sociedade que pode ter mudado em muitas coisas desde a passeata a favor da “moralidade” nos anos de chumbo da ditadura, mas que continua hipócrita e falsa moralista, que com o perdão da palavra “Faz-se de anjo de dia e sonha que está comendo a mãe a noite”.
Saudades dos Anos Dourados, dos bailes de garagem, dos Beatles e Rolling Stones, de dançar de rostinho colado, e do beijo roubado, que saudade da juventude politizada e de ideais, que saudade de ter saudades!

By Wladimir Stern 17/01/11

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cuidado com as curvas da Vida!

Era uma noite chuvosa do mês de março, pista escorregadia e pouca visibilidade...
Sérgio e Cristina saiam de um restaurante a caminho de casa, com a pequena Virginia no banco de trás do carro.
A pequena acompanhava atenta a discussão dos pais, que já havia começado na mesa do restaurante.
Sérgio já um tanto exaltado e com influência de alguns cálices a mais de um vinho, gritava ao volante:
- Pra mim chega! Não aguento mais você me controlando deste jeito, sufocando-me a todo momento!
Cristina aos prantos responde:
- Eu... eu que... não aguento mais você a sua cara de pau, nem disfarça mais Sérgio.
Indignado Sérgio, dispara:
- O que foi que fiz? Aquela moça estava na minha frente, você queria que eu olhasse para onde? Para o teto?
Cristina já preocupada com o estado alcóolico de Sérgio ao volante , pede para Sérgio se acalmar e prestar atenção na estrada, pois ia acabar acontecendo uma tragédia.
Sérgio mais nervoso ainda berra:
- Agora vai querer me ensinar a dirigir, também?
E exatamente neste momento, Sérgio perde o controle e bate violentamente o carro em um barranco.
Sérgio sai cambaleando e sangrando do carro, desesperado olha pra Cristina desacordada e também sangrando muito no banco de passageiro, e por questão de segundos vê sua vida com Cristina passar em sua frente, e do quanto foram felizes.
Deseperadamente , fala ao vento o que poderia fazer para salvar sua esposa, que só neste instante, descobrira o quanto era importante pra ele, e pede aos céus e infernos uma nova chance para recomeçar.
Neste momento, ele ouve o choro de Virginia que o traz de volta á realidade . Olha mais uma vez para Cristina e vê como um milagre ela se mover, e fica exultante de felicidade, pois a tão sonhada chance de recomeçar havia lhe sido dada.
O socorro chegou e para para a felicidade de todos o acidente não passou de um grande susto, que mostrou-lhe que, ás vezes , em uma simples curva da vida, pode levar o que você mais ama, sem se dar conta do quanto é importante.
Sérgio deste dia em diante viveu para sua família, como nunca havia vivído até então.