terça-feira, 29 de setembro de 2020

Lugar de fala que cala, politicamente correto que erra!

 


Há muito tempo tenho pensado em escrever sobre este tema polêmico e depois da fala brilhante de Glória Maria sobre o politicamente correto em uma live resolvi escrever sobre o tema.

Venho de uma geração em que se brigou muito por democracia e direito de expressão, um período onde jornais tinham que colocar receita de bolo na sua capa para fugir da censura e compositores tinham que compor metaforicamente para falar das mazelas do país.

A   jornalista Glória Maria com mais de quarenta anos de carreira televisiva falou sobre a chatice que o mundo está virando sobre a égide do politicamente correto, onde tudo e racismo, machismo e todo outro “ismo” que você possa imaginar, e no meio deste imbróglio surge a expressão e o movimento do lugar de falar em que você não pode falar de racismo se não for negro, não pode falar de machismo se não for mulher, não pode falar de direitos de gays se não for um, resumindo querem calar a democracia na minha forma de ver, não preciso ser negro para defender que negros não sejam discriminados, perseguidos ou ofendidos, não preciso ser mulher para defender que a mulher seja respeitada e tenha oportunidades iguais aos homens, não preciso ser gay para defender que eles não podem ser perseguidos por sua orientação sexual e seu estilo de vida.

Concluindo: fazer mais uma vez da sociedade uma guerra do nós contra eles  não resolverá o problema de nenhuma “minoria” , querer calar vozes dissonantes, não fará um mundo melhor e muito menos democrático; não sou negro, não sou mulher, não sou gay e tenho direito de falar e de dar minha opinião sobre tudo sim, extremos nunca trouxeram coisas boas e desta vez não será diferente; tenho entre amigos e pessoas que admiro vários negros, mulheres e gays e todos sabem o quanto os respeito e os defendo, porém não permito e nunca permitirei que me calem e finalizo com a frase: “ Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.” Evelyn Beatrice Hall