Há muito tempo tenho pensado em escrever sobre este tema polêmico e depois da fala brilhante de Glória Maria sobre o politicamente correto em uma live resolvi escrever sobre o tema.
Venho de uma geração em que se brigou muito por democracia
e direito de expressão, um período onde jornais tinham que colocar receita de
bolo na sua capa para fugir da censura e compositores tinham que compor
metaforicamente para falar das mazelas do país.
A jornalista Glória
Maria com mais de quarenta anos de carreira televisiva falou sobre a chatice
que o mundo está virando sobre a égide do politicamente correto, onde tudo e
racismo, machismo e todo outro “ismo” que você possa imaginar, e no meio deste imbróglio
surge a expressão e o movimento do lugar de falar em que você não pode falar de
racismo se não for negro, não pode falar de machismo se não for mulher, não
pode falar de direitos de gays se não for um, resumindo querem calar a
democracia na minha forma de ver, não preciso ser negro para defender que
negros não sejam discriminados, perseguidos ou ofendidos, não preciso ser
mulher para defender que a mulher seja respeitada e tenha oportunidades iguais
aos homens, não preciso ser gay para defender que eles não podem ser
perseguidos por sua orientação sexual e seu estilo de vida.
Concluindo: fazer mais uma vez da sociedade uma guerra do
nós contra eles não resolverá o problema
de nenhuma “minoria” , querer calar vozes dissonantes, não fará um mundo melhor
e muito menos democrático; não sou negro, não sou mulher, não sou gay e tenho
direito de falar e de dar minha opinião sobre tudo sim, extremos nunca
trouxeram coisas boas e desta vez não será diferente; tenho entre amigos e
pessoas que admiro vários negros, mulheres e gays e todos sabem o quanto os
respeito e os defendo, porém não permito e nunca permitirei que me calem e
finalizo com a frase: “ Posso não concordar com nenhuma das palavras que
você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.” Evelyn
Beatrice Hall